sábado, 21 de março de 2009

Segundo encontro: fantástico



Certa feita, o poeta chileno Pablo Neruda disse a seguinte frase: “ Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final.” Apesar de ser uma grande brincadeira, acho que para ele não era mesmo difícil escrever. Mas, para mim, especialmente nesse momento, não tem sido fácil. Tornou-se complicado relatar o segundo encontro ( 2ª oficina ) do Gestar 2, pela grandeza das experiências vividas. Difícil é a expressão exata nesse momento, mas posso dizer que foi fantástico!

Conseguimos superar algumas dificuldades da oficina anterior ( questão de espaço, número de cursista para formador, recursos áudios visuais... ), avançamos muito nas discussões sobre gêneros e tipos de textos, ficamos lisonjeados com a maneira como os cursistas têm se mostrado: interessados, curiosos e dispostos a aprender. Muitos deles confessaram que durante a oficina conseguiram se despojar de velhos conceitos e abraçaram as novidades teóricas para o enriquecimento das suas práticas.

Iniciamos nossa oficina com um texto de Rubem Alves “ Gaiolas e asas “, a leitura e a reflexão desse texto deu muito “ pano pra manga”. Depois de uma discussão quase que interminável, fizemos uma dinâmica de produção e classificação dos tipos textuais; Socializamos as produções e partimos para um estudo teórico sobre os tipos textuais, tomando como base a visão de Marcuschi, Traváglia, Koch e outros. Estudamos as seções pertencentes as unidades 11 e 12 do TP3. Os cursistas puderam a partir da base teórica planejar e escolher a atividade ( avançando na prática ) que será aplicada em sala.

Em suma, senti-me realizada por ver mais uma vez a receptividade dos professores e perceber que apesar de estarem há anos em sala de aula, eles não se fecharam para a aprendizagem, mostraram-se humildes e disponíveis para inovar.


domingo, 15 de março de 2009

O primeiro encontro


Depois de algumas semanas de preparo nos deparamos com a situação tão esperada, estávamos agora como formadores (de fato) diante da nossa turma de cursistas. Esse foi um momento singular ,a prática educacional comporta momentos bem singulares,que caracterizam fundamentalmente a profissão docente.São essas zonas e momentos de incerteza,espaços e tempos de ação docente real que precisam ser considerados na nossa formação.Em situações iguais as que vivemos nesse encontro o professor realmente reflete sua prática,toma decisões,baseado em sua formação e em seu conhecimento da prática.

Durante o trabalho ,procuramos construir formas de ação que considerassem não apenas o acúmulo de novos conhecimento e seu eventual acréscimo à bagagem do professor,mas antes de tudo que promovessem a discussão,a reflexão e a troca de experiências.

Iniciamos a oficina lendo “A moça tecelã” e aplicando a dinâmica do barbante (a troca foi muito enriquecedora). Partimos para o estudo do TP3 , especialmente as unidades 9 e 10, optamos por aprofundar nosso conhecimento sobre gêneros textuais. Aplicamos a dinâmica dos envelopes da linguagem; a socialização dessa atividade foi fantástica , conversamos sobre competência metagenérica ,hibridização, intergênero, multimodalidade... Levantamos a velha e sempre nova questão do ensino de gêneros em sala de aula, esse ensino deve ter como objetivo promover o desenvolvimento das competências sociocomunicativas dos alunos,e que se deve trabalhar gêneros textuais com a mesma intenção com que se trabalham os códigos lingüísticos :ampliar as habilidades de comunicação dos usuários da língua.

Durante toda a oficina ,os cursistas fizeram observações pertinentes e bastante construtivas. Fizemos questão de defender no nosso encontro a idéia de que o profissional deve refletir sobre suas ações dentro e fora da sala de aula. Assim é necessário que ele não reproduza apenas o que sabe,mas tenha criatividade para formar opiniões diversas a sua pratica de ensino,construída a partir de reflexão.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Petrolina dá o pontapé inicial



No livro “ A roda e o registro, uma parceria entre professor, alunos e conhecimento”, a autora Cecília Warschuer fala de algo aparentemente simples quando diz que registrar é deixar marcas, mas essencialmente marcas que traduzem vida, que traduzem experiências. Nós que fazemos parte do grupo de formadores do Gestar2 da cidade de Petrolina temos sido marcados de experiências maravilhosas que promoveram a construção e a elaboração de novos conhecimentos, implicando melhorias efetivas na nossa vida profissional.

Desde o dia 10 de fevereiro, estamos nos reunindo para planejar as ações para a execução do gestar em Petrolina. Pensamos na realização de um seminário de abertura,estudamos as formas de fazê-lo acontecer e no dia 19 de fevereiro aconteceu o seminário de lançamento do Gestar, foi um sucesso. Os professores de língua portuguesa foram extremamente receptivos, a chefe da UDE da G.R.E. Petrolina ( Isva ) fez a exposição do programa e foi muito feliz na sua fala como também na organização do seminário. Os formadores se apresentaram com muita autonomia, demonstrando nos seus discursos a importância do Gestar na formação do professor e o principal objetivo de oferecer possibilidades de construção de autonomia pedagógica no exercício da prática docente.

Esse resultado nos deixou animados e dispostos a enfrentar alguns dos desafios colocados pela tarefa que nos foi proposta: Contribuir para a formação de professores, o que, com certeza, tem impulsionado também o nosso desenvolvimento profissional.

Na semana subseqüente voltamos a nos reunir para planejar as oficinas e o nosso primeiro encontro com o professor, nosso cursista. Estudamos o TP 3, lemos e relemos as unidades 9 e 10, debatemos formas de organização do nosso encontro,concordamos,descordamos... Mas sempre considerando que a formação continuada oferece ao professor possibilidades concretas de ampliar conhecimentos, rever o que sabe e o que ainda necessita conhecer,para aprofundar seus estudos teóricos e aperfeiçoar sua prática. Firmados nessa consciência preparamos tudo da melhor forma possível.