sábado, 17 de outubro de 2009

10º encontro



É impressionante como apresentamos algumas barreiras na hora de escrever, a nossa vida escolar formou em nós verdadeiras fortalezas de resistência para o ato da escrita. Temos medo e inibição (resquícios de uma educação mecânica e engessada). Percebemos isso claramente na oficina de produção textual em que todos os cursista foram convidados a escrever, foi interessante ver como nos comportamos em atividades que constantemente obrigamos nossos alunos a vivenciarem. Apesar da resistência inicial,os cursistas construíram lindos textos ( Tão interessantes que os guardei como acervo particular ).Refletimos muito sobre a necessidade de produzirmos mais, falamos sobre a importância do registro reflexivo na nossa profissão.Toda essa reflexão surgiu da forma como nós propomos a oficina que foi organizada de maneira bem interativa.Vejamos:
• No primeiro momento, os cursistas leram e compreenderam um trecho do texto de Moacy Scliar “A primeira cartilha” e logo após receberam a proposta para escreverem numa folha de ofício sobre uma experiência engraçada da sua vida de estudante. Essa dinâmica possibilitou o entendimento sobre uma das estratégias de escrita: “brainstorming”, já muito conhecida e utilizada, a produção de anotações, resumos, parágrafos iniciais, etc.
• No segundo momento, tiveram que seguir algumas orientações sobre a escrita. O objetivo dessa dinâmica era fazê-los passar por todas as etapas do processo de composição textual: planejamento, revisão e edição.
• No terceiro momento, as etapas do processo de composição pelas quais passaram foram percebidas e tornaram tema de discussão. Foi maravilhoso! Os professores observaram que a produção textual tem como trabalho central a escrita do texto e que todas as etapas estão interligadas, mas podemos ensinar nossos alunos que durante a escrita podem planejar novamente e revisar o que escreveram, dialogando com seu texto, fazendo perguntas ao seu texto como as indicadas por Calkins (2002: 166 e 167): “O que eu disse até agora? O que estou tentando dizer? Será que eu gosto do que escrevi? O que é tão bom aqui, que eu possa entender? O que não é bom que eu possa arrumar? Como meu texto soa? Como parece? O que meu leitor ou leitora pensará, quando ler isto? Que indagações poderão fazer? O que observarão? Sentirão? Pensarão? E o que farei a seguir?”
• No quarto momento, para a surpresa de todos, seus textos tiveram que passar por uma correção. Em dupla houve troca de textos e tiveram que se posicionar como professores corrigindo as produções de seus alunos. Magnífico! Pois entenderam que há tipos de correção: indicativa, classificatória, resolutiva e textual-interativa e a partir daí, analisaram qual comumente utilizam em sala de aula.
• Para finalizarmos a oficina, refletiram sobre a diferença entre: corrigir e avaliar, redação e produção, analisaram as atividades do TP6, unidades 21 e 22, e selecionaram um dos avançando na prática das unidades trabalhadas para ser aplicado com a turma em que está desenvolvendo as oficinas do Gestar.
Acredito que os objetivos foram alcançados, pois os professores que ali estavam, saíram com a certeza que:
• Cabe ao professor não somente preparar o aluno para a produção de textos, garantindo o conhecimento sobre o tema a ser desenvolvido, mas que ele deve privilegiar o aprendizado relacionado aos procedimentos de produção, seja por exemplo próprio, seja por outro tipo de exemplificação.
• O professor é aquele que constrói andaimes que vão sendo utilizados e internalizados pelos alunos.

9º Encontro




Uma das atividades consideradas vitais para o ser humano é a comunicação, o homem é um ser sócio-historicamente construído, e dotado de linguagem, uma das noções defendidas por Bakhtin é a de que a linguagem é uma atividade social e interativa e de que ela é dialógica, ou seja, todo enunciado é sempre um enunciado de alguém para alguém, e nessa interação sempre queremos convencer o outro sobre nossas idéias o pensamentos, fazemos isso de forma consciente ou não. No início da oficina discutimos essa visão bakhtiniana e lemos o texto do ampliando nossas referências, tivemos alguns embates, mas acabamos chegando à conclusão que todo uso da linguagem acaba sendo argumentativo. Na exposição dialogada observamos a construção da argumentação nos textos publicitários e nas fábulas, diferenciamos teses e argumentos, e estudamos os tipos de argumentos apresentados no TP6, unidade 21.
Uma das coisas também relevante nesta oficina foi a socialização das atividades aplicadas, acredito ter sido o dia em que tivemos um número bem significativo de atividades socializadas pelos cursistas. Foi muito proveitoso ver o quanto eles foram bem sucedidos na aplicação dos “avançando na prática” sobre coesão e coerência.

8º Encontro




Neste encontro tivemos momentos maravilhosos de descontração,iniciamos a oficina com uma dinâmica, selecionamos dois professores para construir textos orais a partir dos objetos que estavam dentro de uma mala, cada objeto mostrado deveria ser inserido no texto observando a continuidade, a progressão e o sentido. Foi fantástico! Ficamos maravilhados com a criatividade dos professores e a veia cômica deles, pois acabamos dando boas risadas. Depois desse momento partimos para a exposição dialogada, definimos coerência e coesão, discutimos a importância desse conhecimento para a leitura e produção textual, analisamos vários textos, observando a coesão referencial e seqüencial e vendo também a coerência como um principal de interpretatividade. Notificamos os sete elementos indispensáveis para que o texto tenha textualidade, nos debruçamos na visão de Beaugrand, mas também na visão defendida por Marcuschi e Ingedore Koch (grandes representantes da lingüística textual no Brasil). Lemos e debatemos o texto do ampliando nossas referencias da página 166, incluindo todas as referencias teóricas das unidades 18 e 19 do TP5. Após os estudos teóricos e a troca de experiências chegamos à conclusão que enquanto professores de linguagem, no momento de trabalharmos esses conteúdos, não devemos ensinar nomenclaturas para o aluno, não é proveitoso pedagogicamente que ele saiba dos nomes dos tipos de coesão, por exemplo, mas que ele saiba aplicar, utilizar numa situação real de comunicação. Nossa prática vai ser bem sucedida se fizermos uma transposição didática dos conceitos adquiridos, pois muitos professores estão trabalhando com lingüística textual ensinando aos alunos os conceitos e não o uso prático, interativo e funcional.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O cansaço e a vida

Às vezes, não vejo o tempo passar. Não aproveito as coisas boas da vida, fico esperando a folga, mas é tão pequena mediante as obrigações. Já é dia 15 de outubro de 2009 e nem vi o tempo passar, os dias parecem ser feitos de “fazeres”, algumas vezes nem noto as pessoas... Começo a segunda pensando na sexta, esperando ansiosamente os momentos de relaxar, eles são tão poucos e únicos e graças a Deus se tornam eternos, embora muitas vezes escapem pelas mãos...
O que é a vida? A vida é um breve sopro que aparece e por pouco desaparece, mesmo que sejamos eternos, a vida é uma passagem rápida, efêmera, fugaz... Deve ser vivida intensamente, as horas devem parecer as últimas já vividas... Sofro na expectativa de ser plena, mas como ser plena se as obrigações, os valores e o sistema nos limitam as ações. Quero, mas nem sempre posso... vou descobrir em Deus o segredo de viver da melhor maneira possível,no fundo eu já sei, mas nem sempre posso...Meu desejo é viver plenamente.
O ligar e desligar o interruptor da vida é extremamente rápido, sendo vulgar ouvir metaforicamente que: “ A vida são dois dias...” Este ditado popular,tal como a maioria deles, tem muito de verdadeiro, pois a nossa passagem por essa terra é controlada pelo tempo, o qual atua implacavelmente .
Penso que seria muito bom que cada um de nós tivesse mais consciência do pouco que dura a vida , pois este é um bom motivo para pensar duas vezes antes de iniciar uma discussão, uma briga, ou perder tempo com coisas que não são significativas.
Se temos o privilégio de viver, embora limitados pelo tempo, então que vivamos o melhor possível com os que nos cercam, pois esses ajudam a construir a história da nossa vida, para que um dia mais tarde restem apenas boas recordações desta breve passagem. de maneira que esta dádiva seja vivida feliz e inesquecivelmente.