É impressionante como apresentamos algumas barreiras na hora de escrever, a nossa vida escolar formou em nós verdadeiras fortalezas de resistência para o ato da escrita. Temos medo e inibição (resquícios de uma educação mecânica e engessada). Percebemos isso claramente na oficina de produção textual em que todos os cursista foram convidados a escrever, foi interessante ver como nos comportamos em atividades que constantemente obrigamos nossos alunos a vivenciarem. Apesar da resistência inicial,os cursistas construíram lindos textos ( Tão interessantes que os guardei como acervo particular ).Refletimos muito sobre a necessidade de produzirmos mais, falamos sobre a importância do registro reflexivo na nossa profissão.Toda essa reflexão surgiu da forma como nós propomos a oficina que foi organizada de maneira bem interativa.Vejamos:
• No primeiro momento, os cursistas leram e compreenderam um trecho do texto de Moacy Scliar “A primeira cartilha” e logo após receberam a proposta para escreverem numa folha de ofício sobre uma experiência engraçada da sua vida de estudante. Essa dinâmica possibilitou o entendimento sobre uma das estratégias de escrita: “brainstorming”, já muito conhecida e utilizada, a produção de anotações, resumos, parágrafos iniciais, etc.
• No segundo momento, tiveram que seguir algumas orientações sobre a escrita. O objetivo dessa dinâmica era fazê-los passar por todas as etapas do processo de composição textual: planejamento, revisão e edição.
• No terceiro momento, as etapas do processo de composição pelas quais passaram foram percebidas e tornaram tema de discussão. Foi maravilhoso! Os professores observaram que a produção textual tem como trabalho central a escrita do texto e que todas as etapas estão interligadas, mas podemos ensinar nossos alunos que durante a escrita podem planejar novamente e revisar o que escreveram, dialogando com seu texto, fazendo perguntas ao seu texto como as indicadas por Calkins (2002: 166 e 167): “O que eu disse até agora? O que estou tentando dizer? Será que eu gosto do que escrevi? O que é tão bom aqui, que eu possa entender? O que não é bom que eu possa arrumar? Como meu texto soa? Como parece? O que meu leitor ou leitora pensará, quando ler isto? Que indagações poderão fazer? O que observarão? Sentirão? Pensarão? E o que farei a seguir?”
• No quarto momento, para a surpresa de todos, seus textos tiveram que passar por uma correção. Em dupla houve troca de textos e tiveram que se posicionar como professores corrigindo as produções de seus alunos. Magnífico! Pois entenderam que há tipos de correção: indicativa, classificatória, resolutiva e textual-interativa e a partir daí, analisaram qual comumente utilizam em sala de aula.
• Para finalizarmos a oficina, refletiram sobre a diferença entre: corrigir e avaliar, redação e produção, analisaram as atividades do TP6, unidades 21 e 22, e selecionaram um dos avançando na prática das unidades trabalhadas para ser aplicado com a turma em que está desenvolvendo as oficinas do Gestar.
Acredito que os objetivos foram alcançados, pois os professores que ali estavam, saíram com a certeza que:
• Cabe ao professor não somente preparar o aluno para a produção de textos, garantindo o conhecimento sobre o tema a ser desenvolvido, mas que ele deve privilegiar o aprendizado relacionado aos procedimentos de produção, seja por exemplo próprio, seja por outro tipo de exemplificação.
• O professor é aquele que constrói andaimes que vão sendo utilizados e internalizados pelos alunos.
O ensino é uma das coisas mais fantásticas, eu digo que é base do cidadão, e quando é executado com amor, então se torna melhor. Por isso não posso deixar de comentar, a vossa compartilho e o vosso desempenho no ensino.
ResponderExcluirQuero apresentar-lhe o meu blog, O Peregrino E Servo.
PS. Se desejar fazer parte dos meus amigos virtuais ficarei grato, decerto que irei retribuir.
Que sua vida seja repleta de saúde e muitas e grandes vitórias.
Sou António Batalha.